Temas de Literatura Viva: 35 Escritores Contemporâneos de Manuel Poppe. Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Lisboa, 1982, 564 págs. Mole.
«… nasci, por acaso, em Lisboa, em 1938, Separel-me muito cedo (aos nove anos) do agregado familiar. E a vida levou-me de volta às origens: à Beira Alta, à Guarda. Ali, no meio da neve e das frieiras, conquistei a minha identidade: no Café Mondego e no Cristal e na Papelaria do senhor Felisberto que me revelou o primeiro Proust e o primeiro Thomas Mann (em fabulosas edições de bolso), e na Biblioteca Municipal do Padre Põpo (Dostojewski, Raúl Brandrão, Tolstoi, Jack London); depois, explicando-me quanto me davam essas leituras desordenadas, conquistei a minha identidade com os Amigos, fins de semana aquecidos pela jeropiga e pelos bailes à luz do petróleo nas aldeias das Terras de Deus. Ali, frequentei um colégio onde a minha independência não coube. Reencontrei-me em Lisboa doente da Beira. E fiz as minhas universidades. Um dos meus primeiros artigos (sobre Pasternak) apareceu, em 1959, no Diário Popular. Em 1963, fiz parte do grupo que fundou O Tempo e o Modo. Antes, fora crítico literário de Rumo. No mesmo ano de 1963, era crítico literário do Diário Popular. Por volta de 1966, dividia respon sabilidades do suplemento literário do Diário Popular, Quinta-feira-a-tarde. As terças-feiras ía à tipografia assistir à paginação. Em 1971, o Carlos Miguel de Araújo convidou-me a realizar um programa para a R.T.P.: O Livro à procura do leitor. E eu aceitei. la, escrevendo, em revistas e jornais, coube-me a honra de publicar na velha Rabeca portalegrense de João Diogo Casaca. E a honra de trazer à Unibolso, de que fui consultor literário, Irene Lisboa Falel, na Enciclopédia Verbo, da Presença. Sou sócio fundador da Associação Portuguesa de Escritores. Em Dezembro de 1974, fui nomeado Conselheiro Cultural junto da Embaixada de Portugal em Itália. E, daqui, escrevo crónicas italianas para o Jornal de Notícias.»
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«… nasci, por acaso, em Lisboa, em 1938, Separel-me muito cedo (aos nove anos) do agregado familiar. E a vida levou-me de volta às origens: à Beira Alta, à Guarda. Ali, no meio da neve e das frieiras, conquistei a minha identidade: no Café Mondego e no Cristal e na Papelaria do senhor Felisberto que me revelou o primeiro Proust e o primeiro Thomas Mann (em fabulosas edições de bolso), e na Biblioteca Municipal do Padre Põpo (Dostojewski, Raúl Brandrão, Tolstoi, Jack London); depois, explicando-me quanto me davam essas leituras desordenadas, conquistei a minha identidade com os Amigos, fins de semana aquecidos pela jeropiga e pelos bailes à luz do petróleo nas aldeias das Terras de Deus. Ali, frequentei um colégio onde a minha independência não coube. Reencontrei-me em Lisboa doente da Beira. E fiz as minhas universidades. Um dos meus primeiros artigos (sobre Pasternak) apareceu, em 1959, no Diário Popular. Em 1963, fiz parte do grupo que fundou O Tempo e o Modo. Antes, fora crítico literário de Rumo. No mesmo ano de 1963, era crítico literário do Diário Popular. Por volta de 1966, dividia respon sabilidades do suplemento literário do Diário Popular, Quinta-feira-a-tarde. As terças-feiras ía à tipografia assistir à paginação. Em 1971, o Carlos Miguel de Araújo convidou-me a realizar um programa para a R.T.P.: O Livro à procura do leitor. E eu aceitei. la, escrevendo, em revistas e jornais, coube-me a honra de publicar na velha Rabeca portalegrense de João Diogo Casaca. E a honra de trazer à Unibolso, de que fui consultor literário, Irene Lisboa Falel, na Enciclopédia Verbo, da Presença. Sou sócio fundador da Associação Portuguesa de Escritores. Em Dezembro de 1974, fui nomeado Conselheiro Cultural junto da Embaixada de Portugal em Itália. E, daqui, escrevo crónicas italianas para o Jornal de Notícias.»
Temas de Literatura Viva: 35 Escritores Contemporâneos de Manuel Poppe. Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Lisboa, 1982, 564 págs. Mole.
«… nasci, por acaso, em Lisboa, em 1938, Separel-me muito cedo (aos nove anos) do agregado familiar. E a vida levou-me de volta às origens: à Beira Alta, à Guarda. Ali, no meio da neve e das frieiras, conquistei a minha identidade: no Café Mondego e no Cristal e na Papelaria do senhor Felisberto que me revelou o primeiro Proust e o primeiro Thomas Mann (em fabulosas edições de bolso), e na Biblioteca Municipal do Padre Põpo (Dostojewski, Raúl Brandrão, Tolstoi, Jack London); depois, explicando-me quanto me davam essas leituras desordenadas, conquistei a minha identidade com os Amigos, fins de semana aquecidos pela jeropiga e pelos bailes à luz do petróleo nas aldeias das Terras de Deus. Ali, frequentei um colégio onde a minha independência não coube. Reencontrei-me em Lisboa doente da Beira. E fiz as minhas universidades. Um dos meus primeiros artigos (sobre Pasternak) apareceu, em 1959, no Diário Popular. Em 1963, fiz parte do grupo que fundou O Tempo e o Modo. Antes, fora crítico literário de Rumo. No mesmo ano de 1963, era crítico literário do Diário Popular. Por volta de 1966, dividia respon sabilidades do suplemento literário do Diário Popular, Quinta-feira-a-tarde. As terças-feiras ía à tipografia assistir à paginação. Em 1971, o Carlos Miguel de Araújo convidou-me a realizar um programa para a R.T.P.: O Livro à procura do leitor. E eu aceitei. la, escrevendo, em revistas e jornais, coube-me a honra de publicar na velha Rabeca portalegrense de João Diogo Casaca. E a honra de trazer à Unibolso, de que fui consultor literário, Irene Lisboa Falel, na Enciclopédia Verbo, da Presença. Sou sócio fundador da Associação Portuguesa de Escritores. Em Dezembro de 1974, fui nomeado Conselheiro Cultural junto da Embaixada de Portugal em Itália. E, daqui, escrevo crónicas italianas para o Jornal de Notícias.»
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