Avatar

Poemas Livres

“(…) Margarida Losa evoca-a da seguinte maneira em 1964: ‘A iniciativa da nossa publicação surgiu à mesa dum café em Coimbra, em 1962. um de nós tencionava receber uma soma capaz de financiar a edição ‘caseira’ e por espírito de camaradagem estudantil não quis ser o único a usufruir desse privilégio. (…) Cada um de nós apresentou os seus poemas e, à mesa de um café, apreciámos os poemas uns dos outros, alteramos versos reciprocamente. discutimos qual seria a reacção dos vários sectores à nossa poesia e compenetrámo-nos que havia de facto uma certa necessidade de expressar uma determinada concepção das coisas. A poesia era naquele momento um dos meios ao nosso alcance (…) Por sua vez, Ferreira Guedes, afirma nomeadamente: ‘Pela sua perspectiva marcadamente social e actuante, parece-me que é no movimento neo-realista que os Poemas Livres devem ser integrados, uma vez que é essa mesma perspectiva o que, em meu entender, o caracteriza fundamentalmente.’ Por seu turno, César de Oliveira advoga que a revista na sua fase inicial constitui uma ‘resposta neo-realista e reactualizada ao surrealismo e formalismo que, entretanto, ganhavam força entre a Academia de Lisboa’. Dinamizada pela geração coimbrã universitária, os Poemas Livres reflectem nas suas páginas e inquietude, a revolta e as preocupações da juventude da época: a ausência de liberdade, de associação e de expressão — que o título indica — e a guerra colonial que eclodira no ano anterior em Angola e que perfilava já em em Moçambique e na Guiné. Apresentava, consequentemente, nítidas preocupações de carácter social (…)” — em Dicionário da Imprensa Periódica Portuguesa do Século XX, por Daniel Pires.

20,00 

Poemas Livres

20,00 

“(…) Margarida Losa evoca-a da seguinte maneira em 1964: ‘A iniciativa da nossa publicação surgiu à mesa dum café em Coimbra, em 1962. um de nós tencionava receber uma soma capaz de financiar a edição ‘caseira’ e por espírito de camaradagem estudantil não quis ser o único a usufruir desse privilégio. (…) Cada um de nós apresentou os seus poemas e, à mesa de um café, apreciámos os poemas uns dos outros, alteramos versos reciprocamente. discutimos qual seria a reacção dos vários sectores à nossa poesia e compenetrámo-nos que havia de facto uma certa necessidade de expressar uma determinada concepção das coisas. A poesia era naquele momento um dos meios ao nosso alcance (…) Por sua vez, Ferreira Guedes, afirma nomeadamente: ‘Pela sua perspectiva marcadamente social e actuante, parece-me que é no movimento neo-realista que os Poemas Livres devem ser integrados, uma vez que é essa mesma perspectiva o que, em meu entender, o caracteriza fundamentalmente.’ Por seu turno, César de Oliveira advoga que a revista na sua fase inicial constitui uma ‘resposta neo-realista e reactualizada ao surrealismo e formalismo que, entretanto, ganhavam força entre a Academia de Lisboa’. Dinamizada pela geração coimbrã universitária, os Poemas Livres reflectem nas suas páginas e inquietude, a revolta e as preocupações da juventude da época: a ausência de liberdade, de associação e de expressão — que o título indica — e a guerra colonial que eclodira no ano anterior em Angola e que perfilava já em em Moçambique e na Guiné. Apresentava, consequentemente, nítidas preocupações de carácter social (…)” — em Dicionário da Imprensa Periódica Portuguesa do Século XX, por Daniel Pires.

Poemas Livres de António Manuel Lopes Dias [et al.]. Tipografido do Carvalhido. Porto, 1963, 81 págs. Mole.

Alfarrabista


Sem apontamentos.

Descrição

“(…) Margarida Losa evoca-a da seguinte maneira em 1964: ‘A iniciativa da nossa publicação surgiu à mesa dum café em Coimbra, em 1962. um de nós tencionava receber uma soma capaz de financiar a edição ‘caseira’ e por espírito de camaradagem estudantil não quis ser o único a usufruir desse privilégio. (…) Cada um de nós apresentou os seus poemas e, à mesa de um café, apreciámos os poemas uns dos outros, alteramos versos reciprocamente. discutimos qual seria a reacção dos vários sectores à nossa poesia e compenetrámo-nos que havia de facto uma certa necessidade de expressar uma determinada concepção das coisas. A poesia era naquele momento um dos meios ao nosso alcance (…) Por sua vez, Ferreira Guedes, afirma nomeadamente: ‘Pela sua perspectiva marcadamente social e actuante, parece-me que é no movimento neo-realista que os Poemas Livres devem ser integrados, uma vez que é essa mesma perspectiva o que, em meu entender, o caracteriza fundamentalmente.’ Por seu turno, César de Oliveira advoga que a revista na sua fase inicial constitui uma ‘resposta neo-realista e reactualizada ao surrealismo e formalismo que, entretanto, ganhavam força entre a Academia de Lisboa’. Dinamizada pela geração coimbrã universitária, os Poemas Livres reflectem nas suas páginas e inquietude, a revolta e as preocupações da juventude da época: a ausência de liberdade, de associação e de expressão — que o título indica — e a guerra colonial que eclodira no ano anterior em Angola e que perfilava já em em Moçambique e na Guiné. Apresentava, consequentemente, nítidas preocupações de carácter social (…)” — em Dicionário da Imprensa Periódica Portuguesa do Século XX, por Daniel Pires.

Informação adicional

Peso 155 g

relacionados

Ensaios

Novelística e Contistas Portugueses dos Séculos XVII e XVIII

Esta coletânea preenche uma lacuna na literatura portuguesa, ao reunir e explorar autores raramente estudados dos séculos XVII e XVIII. Diferente de outras antologias que deixam de fora muitos escritores ou são incompletas, esta obra oferece uma visão abrangente dessas épocas essenciais. Com um prefácio que revisita o Barroco português e a reação neo-clássica, a […]

10,00 

Literatura Portuguesa & Lusofona

Crónica dos Bons Malandros

Sinto-me sequestrado por estes bons malandros”. Aos livros que fui escrevendo, e outros que venha a escrever, não lhes valem possíveis méritos. Mais de trinta anos depois de saltarem à cena, sem outra pretensão do que fazer sorrir circunstanciais leitores, os bons malandros não arredam pé e ganharam a afeição de gerações sucessivas. Nada mais […]

Literatura Portuguesa & Lusofona

Via Sinuosa

"A Via Sinuosa", "Lápides Partidas" e "Sob o Pendão Bárbaro" constituem uma trilogia, de leitura independente, sim, mas de estrutura única, uma vez que liga aos três livros o fio duma vida. ‘A Via Sinuosa’ é a manhã dessa vida, a adolescência. Comprouve-se a crítica em ver neste romance uma auto-biografia."[…]

6,00 

0
    0
    Carrinho
    Carrinho VazioRegressar à Loja
    WhatsApp chat