Outra Opinião

Portugal passou o século xx a pagar a factura do 5 de Outubro. A revolução republicana comprometeu os fundamentos institucionais e culturais da demo cracia representativa em Portugal.

A tragédia do ultramar é que nunca nenhum governo pôde escolher entre o bom e o mau, mas sempre entre o mau e o pior. Foi difícil e catastrófico retirar do ultramar em 1974? Sem dúvida. Mas não teria sido fácil em 1961. Nem em 1955. E antes disso, quase ninguém pensara em retirar. Nem mesmo O PCP e os demais anti-salazaristas.

Em que outro país da Europa, sob ditadura, um dos principais líderes de um movimento insurreccional clandestino teria sido levado à Faculdade de Direito pela polícia para ver aprovada – por professores que eram também políticos do regime – uma tese de licenciatura que não passava de um panfleto ideológico contra o regime? O caso passou-se com Alvaro Cunhal em 1940. Na Rússia co munista ou na Alemanha nazi, os inimigos do regime não eram normalmente postos diante de júris de exame, mas de pelotões de fuzilamento.

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Portugal passou o século xx a pagar a factura do 5 de Outubro. A revolução republicana comprometeu os fundamentos institucionais e culturais da demo cracia representativa em Portugal.

A tragédia do ultramar é que nunca nenhum governo pôde escolher entre o bom e o mau, mas sempre entre o mau e o pior. Foi difícil e catastrófico retirar do ultramar em 1974? Sem dúvida. Mas não teria sido fácil em 1961. Nem em 1955. E antes disso, quase ninguém pensara em retirar. Nem mesmo O PCP e os demais anti-salazaristas.

Em que outro país da Europa, sob ditadura, um dos principais líderes de um movimento insurreccional clandestino teria sido levado à Faculdade de Direito pela polícia para ver aprovada – por professores que eram também políticos do regime – uma tese de licenciatura que não passava de um panfleto ideológico contra o regime? O caso passou-se com Alvaro Cunhal em 1940. Na Rússia co munista ou na Alemanha nazi, os inimigos do regime não eram normalmente postos diante de júris de exame, mas de pelotões de fuzilamento.

Outra Opinião de Rui Ramos. O Independente. Lisboa, 2004, 233 págs. Dura.

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Descrição

Portugal passou o século xx a pagar a factura do 5 de Outubro. A revolução republicana comprometeu os fundamentos institucionais e culturais da demo cracia representativa em Portugal.

A tragédia do ultramar é que nunca nenhum governo pôde escolher entre o bom e o mau, mas sempre entre o mau e o pior. Foi difícil e catastrófico retirar do ultramar em 1974? Sem dúvida. Mas não teria sido fácil em 1961. Nem em 1955. E antes disso, quase ninguém pensara em retirar. Nem mesmo O PCP e os demais anti-salazaristas.

Em que outro país da Europa, sob ditadura, um dos principais líderes de um movimento insurreccional clandestino teria sido levado à Faculdade de Direito pela polícia para ver aprovada – por professores que eram também políticos do regime – uma tese de licenciatura que não passava de um panfleto ideológico contra o regime? O caso passou-se com Alvaro Cunhal em 1940. Na Rússia co munista ou na Alemanha nazi, os inimigos do regime não eram normalmente postos diante de júris de exame, mas de pelotões de fuzilamento.

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