Música Aprisionada de Francis King. Publicações Dom Quixote. Lisboa, 1997, 122 págs. Mole.
Vinte anos após terem abandonado a Índia, Rupert, o seu pai, Philip, e Kirsti, a jovem mulher deste último, regressam a esse país para se reconciliarem com o passado e visitarem o túmulo da mãe de Rupert, que ali morrera quando muito nova.
A medida, porém, que o carro que os conduz atravessa misérrimas cidades que i nenhum deles reconhece já, o calor e a poeira, a pobreza dos camponeses e a hostilidade dos comerciantes vão criando no pequeno grupo um mal-estar que agrava a sensação de perda partilhada por pai e filho. E uma outra fonte de tensão ainda mais grave decorre do modo como Rupert mistura, com a incomodidade que lhe causam as circunstâncias que rodearam a morte da mãe, a crescente atracção sexual que sente pela madrasta…
Através do estreito e obsessivo ponto de vista de Rupert, vislumbra- -se a figura do pai como um ser fisicamente débil e incapaz de paixão, até que surgem, de forma gradual e subtil, algumas revelações acerca do passado e do presente, e se descobre, no surpreendente e arrebatador final da narrativa, o verdadeiro rosto de Philip.
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Vinte anos após terem abandonado a Índia, Rupert, o seu pai, Philip, e Kirsti, a jovem mulher deste último, regressam a esse país para se reconciliarem com o passado e visitarem o túmulo da mãe de Rupert, que ali morrera quando muito nova.
A medida, porém, que o carro que os conduz atravessa misérrimas cidades que i nenhum deles reconhece já, o calor e a poeira, a pobreza dos camponeses e a hostilidade dos comerciantes vão criando no pequeno grupo um mal-estar que agrava a sensação de perda partilhada por pai e filho. E uma outra fonte de tensão ainda mais grave decorre do modo como Rupert mistura, com a incomodidade que lhe causam as circunstâncias que rodearam a morte da mãe, a crescente atracção sexual que sente pela madrasta…
Através do estreito e obsessivo ponto de vista de Rupert, vislumbra- -se a figura do pai como um ser fisicamente débil e incapaz de paixão, até que surgem, de forma gradual e subtil, algumas revelações acerca do passado e do presente, e se descobre, no surpreendente e arrebatador final da narrativa, o verdadeiro rosto de Philip.
Música Aprisionada de Francis King. Publicações Dom Quixote. Lisboa, 1997, 122 págs. Mole.
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Vinte anos após terem abandonado a Índia, Rupert, o seu pai, Philip, e Kirsti, a jovem mulher deste último, regressam a esse país para se reconciliarem com o passado e visitarem o túmulo da mãe de Rupert, que ali morrera quando muito nova.
A medida, porém, que o carro que os conduz atravessa misérrimas cidades que i nenhum deles reconhece já, o calor e a poeira, a pobreza dos camponeses e a hostilidade dos comerciantes vão criando no pequeno grupo um mal-estar que agrava a sensação de perda partilhada por pai e filho. E uma outra fonte de tensão ainda mais grave decorre do modo como Rupert mistura, com a incomodidade que lhe causam as circunstâncias que rodearam a morte da mãe, a crescente atracção sexual que sente pela madrasta…
Através do estreito e obsessivo ponto de vista de Rupert, vislumbra- -se a figura do pai como um ser fisicamente débil e incapaz de paixão, até que surgem, de forma gradual e subtil, algumas revelações acerca do passado e do presente, e se descobre, no surpreendente e arrebatador final da narrativa, o verdadeiro rosto de Philip.
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