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Mário

A segunda edição dêste erudito e formoso romance, que há tanto era reclamada, sai hoje à luz com um fim quási piedoso. Qual seja esse fim, por enquanto pode só dizer-se, mas não deve publicar-se, porque a nobreza da alma também tem os seus pu dores, os sacrificios da probidade, as suas modéstias. E, pensando bem, que mal podia haver em que eu arriscasse
uma fugitiva indiscrição? Haja ou não! a senhora que, poucos meses depois da sua viuvez, mandava abrir ao fisco implacável a porta do quarto onde dormia e lhe entregava serena e resignadamente os seus móveis, pelos direitos duma comenda que seu marido usara apenas duas vezes, não me perdoaria esta denúncia. Tudo vem a saber se, e quando o louvor devido já não alcance a pessoa, virá honrar a memória.
E justo, porém, que se escrevam duas palavras sobre a vida do autor deste livro para fazer bem conhecido um dos vultos mais simpáticos da moderna literatura e que tão cedo e tão implacavelmente a morte nos levou.

10,00 

Mário

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A segunda edição dêste erudito e formoso romance, que há tanto era reclamada, sai hoje à luz com um fim quási piedoso. Qual seja esse fim, por enquanto pode só dizer-se, mas não deve publicar-se, porque a nobreza da alma também tem os seus pu dores, os sacrificios da probidade, as suas modéstias. E, pensando bem, que mal podia haver em que eu arriscasse
uma fugitiva indiscrição? Haja ou não! a senhora que, poucos meses depois da sua viuvez, mandava abrir ao fisco implacável a porta do quarto onde dormia e lhe entregava serena e resignadamente os seus móveis, pelos direitos duma comenda que seu marido usara apenas duas vezes, não me perdoaria esta denúncia. Tudo vem a saber se, e quando o louvor devido já não alcance a pessoa, virá honrar a memória.
E justo, porém, que se escrevam duas palavras sobre a vida do autor deste livro para fazer bem conhecido um dos vultos mais simpáticos da moderna literatura e que tão cedo e tão implacavelmente a morte nos levou.

Mário: Episódios das Lutas Civis Portuguesas de 1820-1834 de A. da Silva Gayo. Guimarães Editores. Lisboa, s.d., 464 págs. Mole.

Alfarrabista


Sem apontamentos.

Descrição

A segunda edição dêste erudito e formoso romance, que há tanto era reclamada, sai hoje à luz com um fim quási piedoso. Qual seja esse fim, por enquanto pode só dizer-se, mas não deve publicar-se, porque a nobreza da alma também tem os seus pu dores, os sacrificios da probidade, as suas modéstias. E, pensando bem, que mal podia haver em que eu arriscasse
uma fugitiva indiscrição? Haja ou não! a senhora que, poucos meses depois da sua viuvez, mandava abrir ao fisco implacável a porta do quarto onde dormia e lhe entregava serena e resignadamente os seus móveis, pelos direitos duma comenda que seu marido usara apenas duas vezes, não me perdoaria esta denúncia. Tudo vem a saber se, e quando o louvor devido já não alcance a pessoa, virá honrar a memória.
E justo, porém, que se escrevam duas palavras sobre a vida do autor deste livro para fazer bem conhecido um dos vultos mais simpáticos da moderna literatura e que tão cedo e tão implacavelmente a morte nos levou.

Informação adicional

Peso 430 g

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