Descrição
Procurando os limites de uma então estabelecida Ciência de Literatura, descentrando a sua origem estrutural, este trabalho quer mostrar como a crítica pode estar, tanto quanto a literatura, nas fronteiras sem se recusar a si própria. Tenta-se, pois, um compromisso entre uma tradição interpretativa e um desafio a essa tradição propondo uma (comedida) análise funcional de um processo literário. Recusa-se, porém, tornar essa análise crítica num incito processo desconstrutivo, tentadora crítica mimética desse outro compromisso-desafio que foi uma certa marca do Romantismo. Compromisso – equilíbrio periclitante – entre a procura de autenticidade como utopia de um dizer e a impossibilidade de autoridade sobre esse dizer feito ficção : a ironia romântica.