Em Terra de Tufões de João de Pina Cabral. Instituto Cultural de Macau. Lisboa, 1993, 257 págs. Brochado.
Desde a sua fundação na Costa da China – há mais de quatro séculos – a minúscula cidade de Macau constituiu o único ponto de encontro a manter-se constante através dos reveses que marcaram o diálogo entre duas das civilizações mais diferenciadas do mundo. Os portugueses do Oriente – “macaenses” ou “filhos da terra” – são o produto de séculos de um diálogo cuja riqueza e benefício mútuo só podem ser avaliados à luz da assustadora intempestuosidade das recorrentes discordâncias: os “tufões” de que fala o título deste livro. A enorme capacidade de adaptação e ressurgimento que têm caracterizado esta pequena população através da sua longa e tormentosa história é paradigmática. Por reduzido que o seu número nos possa parecer hoje, os macaenses continuam a constituir um dos vectores centrais da sociedade de Macau. Durante as duas últimas décadas de rápida e profunda mudança, eles demonstraram mais uma vez como são capazes de responder aos importantes desafios com que a história os tem confrontado. A principal lição deste estudo para o cientista social é a de salientar a natureza contextual das identidades étnicas.
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Desde a sua fundação na Costa da China – há mais de quatro séculos – a minúscula cidade de Macau constituiu o único ponto de encontro a manter-se constante através dos reveses que marcaram o diálogo entre duas das civilizações mais diferenciadas do mundo. Os portugueses do Oriente – “macaenses” ou “filhos da terra” – são o produto de séculos de um diálogo cuja riqueza e benefício mútuo só podem ser avaliados à luz da assustadora intempestuosidade das recorrentes discordâncias: os “tufões” de que fala o título deste livro. A enorme capacidade de adaptação e ressurgimento que têm caracterizado esta pequena população através da sua longa e tormentosa história é paradigmática. Por reduzido que o seu número nos possa parecer hoje, os macaenses continuam a constituir um dos vectores centrais da sociedade de Macau. Durante as duas últimas décadas de rápida e profunda mudança, eles demonstraram mais uma vez como são capazes de responder aos importantes desafios com que a história os tem confrontado. A principal lição deste estudo para o cientista social é a de salientar a natureza contextual das identidades étnicas.
Em Terra de Tufões de João de Pina Cabral. Instituto Cultural de Macau. Lisboa, 1993, 257 págs. Brochado.
Desde a sua fundação na Costa da China – há mais de quatro séculos – a minúscula cidade de Macau constituiu o único ponto de encontro a manter-se constante através dos reveses que marcaram o diálogo entre duas das civilizações mais diferenciadas do mundo. Os portugueses do Oriente – “macaenses” ou “filhos da terra” – são o produto de séculos de um diálogo cuja riqueza e benefício mútuo só podem ser avaliados à luz da assustadora intempestuosidade das recorrentes discordâncias: os “tufões” de que fala o título deste livro. A enorme capacidade de adaptação e ressurgimento que têm caracterizado esta pequena população através da sua longa e tormentosa história é paradigmática. Por reduzido que o seu número nos possa parecer hoje, os macaenses continuam a constituir um dos vectores centrais da sociedade de Macau. Durante as duas últimas décadas de rápida e profunda mudança, eles demonstraram mais uma vez como são capazes de responder aos importantes desafios com que a história os tem confrontado. A principal lição deste estudo para o cientista social é a de salientar a natureza contextual das identidades étnicas.
Peso | 535 g |
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