A Casa-Mãe de António Ferra. Planeta Editora. Lisboa, 1998, 227 págs. Mole.
Que vai acontecer?, pergunta-se aqui e além. Estoura tudo ou prossegue a liberdade de cada um em aceitar a opção, mas também a confiança distante, quase esquecida que motivou o estar-ali. Que mais pensar de um “volte-face” agora? Talvez pelo adormecimento e recolhimento de uma semana, para logo depois prosseguir, como se tudo parecesse esquecido. Mais além, é já a descoberta intelectual, a apropriação da informação recolhida e depois vivida e comunicada – é mais uma página a fechar e caminhar nessa corda bamba que é estar e esperar tudo, tudo, o que possa vir não seleccionado por nenhum filtro. É o desejo escondido, envergonhado de existir, feito agora culpa perante o líder e si próprio. É a saudade subtil da partida ou a ausência de alguém ali tornado presente pelo comentário de qual quer de nós. É a luta por não sei o quê. O que haverá para além de tudo isto? Haverá ouro, muito ouro numa mina abandonada no “far-west”, a encontrar no fim do tempo, com poeira pousada e teias tecidas na semi-obscuridade? Haverá o amor, o prazer narcísico da auto-satisfação adiada de onde a onde? Não, é talvez só o amor de estar sem ter consciência. Assim é que é, não se pode estar e ter consciência de todas as raivas que se desencadeiam, senão teríamos o “outro”, estranho, dentro de nós, sempre vigilante à escuta do eco infantil, a violência relegada mesmo na vida de hoje, também, a dependência indefesa e frágil. É o estar porque sim, trabalhando, pesquisando as páginas à passagem dos dedos, recolhendo a água na palma da mão a penetrar nos sulcos das linhas da vida, da morte e do amor.
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Que vai acontecer?, pergunta-se aqui e além. Estoura tudo ou prossegue a liberdade de cada um em aceitar a opção, mas também a confiança distante, quase esquecida que motivou o estar-ali. Que mais pensar de um “volte-face” agora? Talvez pelo adormecimento e recolhimento de uma semana, para logo depois prosseguir, como se tudo parecesse esquecido. Mais além, é já a descoberta intelectual, a apropriação da informação recolhida e depois vivida e comunicada – é mais uma página a fechar e caminhar nessa corda bamba que é estar e esperar tudo, tudo, o que possa vir não seleccionado por nenhum filtro. É o desejo escondido, envergonhado de existir, feito agora culpa perante o líder e si próprio. É a saudade subtil da partida ou a ausência de alguém ali tornado presente pelo comentário de qual quer de nós. É a luta por não sei o quê. O que haverá para além de tudo isto? Haverá ouro, muito ouro numa mina abandonada no “far-west”, a encontrar no fim do tempo, com poeira pousada e teias tecidas na semi-obscuridade? Haverá o amor, o prazer narcísico da auto-satisfação adiada de onde a onde? Não, é talvez só o amor de estar sem ter consciência. Assim é que é, não se pode estar e ter consciência de todas as raivas que se desencadeiam, senão teríamos o “outro”, estranho, dentro de nós, sempre vigilante à escuta do eco infantil, a violência relegada mesmo na vida de hoje, também, a dependência indefesa e frágil. É o estar porque sim, trabalhando, pesquisando as páginas à passagem dos dedos, recolhendo a água na palma da mão a penetrar nos sulcos das linhas da vida, da morte e do amor.
A Casa-Mãe de António Ferra. Planeta Editora. Lisboa, 1998, 227 págs. Mole.
Que vai acontecer?, pergunta-se aqui e além. Estoura tudo ou prossegue a liberdade de cada um em aceitar a opção, mas também a confiança distante, quase esquecida que motivou o estar-ali. Que mais pensar de um “volte-face” agora? Talvez pelo adormecimento e recolhimento de uma semana, para logo depois prosseguir, como se tudo parecesse esquecido. Mais além, é já a descoberta intelectual, a apropriação da informação recolhida e depois vivida e comunicada – é mais uma página a fechar e caminhar nessa corda bamba que é estar e esperar tudo, tudo, o que possa vir não seleccionado por nenhum filtro. É o desejo escondido, envergonhado de existir, feito agora culpa perante o líder e si próprio. É a saudade subtil da partida ou a ausência de alguém ali tornado presente pelo comentário de qual quer de nós. É a luta por não sei o quê. O que haverá para além de tudo isto? Haverá ouro, muito ouro numa mina abandonada no “far-west”, a encontrar no fim do tempo, com poeira pousada e teias tecidas na semi-obscuridade? Haverá o amor, o prazer narcísico da auto-satisfação adiada de onde a onde? Não, é talvez só o amor de estar sem ter consciência. Assim é que é, não se pode estar e ter consciência de todas as raivas que se desencadeiam, senão teríamos o “outro”, estranho, dentro de nós, sempre vigilante à escuta do eco infantil, a violência relegada mesmo na vida de hoje, também, a dependência indefesa e frágil. É o estar porque sim, trabalhando, pesquisando as páginas à passagem dos dedos, recolhendo a água na palma da mão a penetrar nos sulcos das linhas da vida, da morte e do amor.
Peso | 301 g |
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