Dramaturgo e autor de romances históricos. Oficial do Exército, cedo deixou a carreira para se dedicar à política e às letras, para as quais, desde muito novo, mostrara inclinação.
Colaborador de vários jornais, tanto portugueses como brasileiros (Braz Tisana, A Revolução de Setembro, Esquerda Dinástica, O Tempo, Tarde, Diário de Notícias, Diário Português, etc.), estreou-se no teatro com a peça A Torpeza (1890), que reagia violentamente contra o ultimato inglês, peça que teve enorme êxito e provocou grandes manifestações patrióticas e populares.
Para as comemorações do 4º. Centenário da Descoberta da Índia, escreveu o romance histórico Guerreiro e Monge, fortemente anticlerical e que muito o popularizou. Este foi o primeiro de uma série de romances, publicados em folhetins, inspirados em factos trágicos ou gloriosos da história portuguesa, escritos num estilo fácil e solto e cuja popularidade se prolongou por muitas décadas.
Foi também autor de comédias e de um drama, em 4 actos, A Consciência.