António dos Reis

Biografia

[Pernes, Santarém – 23 de Setembro  de 1690, Lisboa – 19 de Maio de 1738]

Historiador, orador, poeta e latinista, é uma das personalidades que surgem no rasto setecentista do nosso humanismo mais erudito.

Tendo sido aluno dos jesuítas professou porém, em 1707, na Congregação do Oratório de S. Filipe de Neri. Foi professor de Teologia Moral e consultor político de D. João V, que, em 1720, o nomeou como um dos fundadores da Academia Real da História e em 1726, historiógrafo latino do reino. Foi ainda censor da Academia da História, qualificador do Santo Ofício e cronista-geral das congregações do Oratório. Dominava o latim, o grego, o castelhano, o italiano, o francês e o inglês.

Além de autor de obras de carácter historiográfico, nomeadamente no âmbito da incompleta História Geral da Congregação do Oratório, e de numerosos epigramas e sermões, quer em latim, quer em português, e muitas vezes assinados com pseudónimo, é o principal organizador da colectânea poética, em oito volumes, Corpus illustrium poetarum lusitanorum, cujo último volume seria publicado pelo Pe. Manuel Monteiro

Bibliografia

Trezena de Santo Antonio, ou culto devoto para serem buscados os treze dias em que o celebra a Igreja. António Manescal. (1715)

O Marte Lusitano, ou Canção heroica panegyrica ao Sereníssimo Senhor. D Manoel Infante de Portugal. José Lopes Ferreira (1717)

Arte de bem morrer. Paschoal da Silva (1717)

Tributo amoroso em obsequio do prodigioso e admiravel heróe Santo António de Lisboa. Bernardo da Costa (1717)

Motivos para acompanhar o Santíssimo Sacramento, propostos a todos os fieis. Off. Ferreiriana (1721)

Novena da gloriosa e esclarecida virgem Santa Rosa de Viterbo filha da Veneral Ordem Terceira da Penitencia. Off. Ferreiriana. (1721)

Sermão do Apostolo S. Thomé, prégado no dia da sua festa na Igreja da Congreção do Oratório de Lisboa. (Cordova, 1733), Manuel Fernandes da Costa (1734).

Elogio fúnebre recitado nas exequias da Excelentíssima Senhora D. Francisca de Mendonça, Condessa d’ Atalaia. Off. da Congressão do Oratório (1735)

Instrucção de Ordinandos tirada do Concilio de Trento, do Ritual e Pontifical Romanos, e dos Decretos de S. Carlos Borromeu, na qual em summa se intruem não só os Ordinandos… mas os Confessores… e os Pregadores. José António da Silva (1725).

Favores de Maria Santissima, traduzidos do castelhano do P. Bernardino Villegas. Mathias Pereira da Silva (1719)

Vida de Maria no ventre de Sancta Anna, trad. do italiano do P. D. Luís Novarino. Offi. da Congregação (1737).

Cathecismo, ou breve explicação da doutrina christã. (s.i. / s.d)

Corpus illustrium Poetarum Lusitanorum, qui latine scripserunt, nunc primum in lucem editum ab Antonio dos Reys, Congreg. Orat. S. Phillippe Nery Lisbonensis Presbytero, etc. – Joanni V. Lusitanorum Regi consecratum, nonullisque Poetaurm vitis auctum ab Emmanuele Monteiro, ejusdem Congreg. Presbytero. Typis Regalis Sulbianis (1745).

Cathecismo, ou breve explicação da doutrina christã. (s.i. / s.d)

Sahiram algumas poesias suas na Fenix Renascida, tomo I pag. 1 a 31 mas não trazem o seu nome.

_{Diccionario Bibliographico Portuguez, Tomo 1, Página 243
Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. II}