Hermenêutica e Mal-Estar de Miguel Tamen. Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Lisboa, 1987, 171. Mole.
A literatura coloca problemas dificeis a uma teoria da interpretação. Esses problemas dão origem a situações de desconforto, que todo o leitor aprende à sua própria custa. Mas o problema desses problemas é que são necessários, isto é, não é possível não interpretar literatura.
Uma longa tradição habituou-se a considerar a interpreta ção como uma relação entre dois pólos simétricos, vista muitas vezes à imagem de um diálogo entre duas pessoas. Acontece porém que quando duas pessoas conversam elas ouvem-se uma à outra num sentido nada metafórico: mas quando interpretamos um poema só num sentido muito metafórico é que ele nos responde.
Como grande parte das coisas que interpretamos são usa das sem pensar no momento da interpretação, geralmente não se repara nesse facto. Mas a literatura é na maior parte dos casos usada de outro modo: é por isso que os proble mas da interpretação emergem nela de forma mais explícita.
Com efeito, e por estranho que possa parecer, não existem concepções da interpretação que partam da assimetria estrutural de todo o acto hermenêutico. Mas, ao mesmo tempo, não há interpretações que consigam durante muito tempo tratar dos textos como se fossem pessoas a sério.
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A literatura coloca problemas dificeis a uma teoria da interpretação. Esses problemas dão origem a situações de desconforto, que todo o leitor aprende à sua própria custa. Mas o problema desses problemas é que são necessários, isto é, não é possível não interpretar literatura.
Uma longa tradição habituou-se a considerar a interpreta ção como uma relação entre dois pólos simétricos, vista muitas vezes à imagem de um diálogo entre duas pessoas. Acontece porém que quando duas pessoas conversam elas ouvem-se uma à outra num sentido nada metafórico: mas quando interpretamos um poema só num sentido muito metafórico é que ele nos responde.
Como grande parte das coisas que interpretamos são usa das sem pensar no momento da interpretação, geralmente não se repara nesse facto. Mas a literatura é na maior parte dos casos usada de outro modo: é por isso que os proble mas da interpretação emergem nela de forma mais explícita.
Com efeito, e por estranho que possa parecer, não existem concepções da interpretação que partam da assimetria estrutural de todo o acto hermenêutico. Mas, ao mesmo tempo, não há interpretações que consigam durante muito tempo tratar dos textos como se fossem pessoas a sério.
Hermenêutica e Mal-Estar de Miguel Tamen. Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Lisboa, 1987, 171. Mole.
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A literatura coloca problemas dificeis a uma teoria da interpretação. Esses problemas dão origem a situações de desconforto, que todo o leitor aprende à sua própria custa. Mas o problema desses problemas é que são necessários, isto é, não é possível não interpretar literatura.
Uma longa tradição habituou-se a considerar a interpreta ção como uma relação entre dois pólos simétricos, vista muitas vezes à imagem de um diálogo entre duas pessoas. Acontece porém que quando duas pessoas conversam elas ouvem-se uma à outra num sentido nada metafórico: mas quando interpretamos um poema só num sentido muito metafórico é que ele nos responde.
Como grande parte das coisas que interpretamos são usa das sem pensar no momento da interpretação, geralmente não se repara nesse facto. Mas a literatura é na maior parte dos casos usada de outro modo: é por isso que os proble mas da interpretação emergem nela de forma mais explícita.
Com efeito, e por estranho que possa parecer, não existem concepções da interpretação que partam da assimetria estrutural de todo o acto hermenêutico. Mas, ao mesmo tempo, não há interpretações que consigam durante muito tempo tratar dos textos como se fossem pessoas a sério.
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