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Guia Triste de Paris

Enquanto estava a ler este de Echenique, veio-me à ideia Le Corbusier. Inicialmente, não conseguia perceber porquê, mas a coisa voltava regularmente. Finalmente, jugo ter percebido. É quase subliminar, pelo menos para mim, porque muito diluído nas suas linhas. São os locais, os locais onde as ações e as emoções acontecem são escolhidos à medida destas, como que a estruturar o ambiente. Em Echenique, os locais, os sítios, vislumbram-se heterotópicos. Tal como na arquitetura de Le Corbusier, os espaços são assumidos como ambientes, nichos, onde o modo de ser corpo se deteta. Só que em Echenique são os ambientes físicos que constróiem as ações e modelam a emoções (lembram-se da profundidade existencial em A Vida Exagerada…?), enquanto que Le Corbusier desejava subjugar a arquitetura das estruturas à arquitetura dos corpos.

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Enquanto estava a ler este de Echenique, veio-me à ideia Le Corbusier. Inicialmente, não conseguia perceber porquê, mas a coisa voltava regularmente. Finalmente, jugo ter percebido. É quase subliminar, pelo menos para mim, porque muito diluído nas suas linhas. São os locais, os locais onde as ações e as emoções acontecem são escolhidos à medida destas, como que a estruturar o ambiente. Em Echenique, os locais, os sítios, vislumbram-se heterotópicos. Tal como na arquitetura de Le Corbusier, os espaços são assumidos como ambientes, nichos, onde o modo de ser corpo se deteta. Só que em Echenique são os ambientes físicos que constróiem as ações e modelam a emoções (lembram-se da profundidade existencial em A Vida Exagerada…?), enquanto que Le Corbusier desejava subjugar a arquitetura das estruturas à arquitetura dos corpos.

Guia Triste de Paris de Alfredo Bryce Echenique. Editorial Teorema. Lisboa, 2001, 179 págs. Mole.

Alfarrabista


Sem apontamentos.

Alfredo Bryce Echenique


Alfredo Bryce Echenique nasceu em Lima, em 1939. Em 1957 ingressou na Universidade Nacional Mayor de San Marcos onde se licenciou em Direito e Letras. Iniciou a sua carreira literária com a publicação, em 1968, de Huerto Cerrado, livro que nesse mesmo ano obteve uma menção especial no Concurso Casa de las Américas. Publicou a seguir, 1970, Un mundo para Julius, o romance que o consa grou internacionalmente. Em meados da década de sessenta veio para a Europa, onde residiu até muito recentemente, dedicando-se ao seu trabalho literário e à docência universitária. Bryce Echenique é ainda autor dos romances Tantas veces Pedro (1974). La vida exagerada de Martin Romaña (1981), El hombre que hablaba de Octavia de Cádiz (1985), La última mudanza de Felipe Carrillo (1988), Dos señoras conversan (1990), No me esperen en Abril (1995), Reo de nocturnidad (Prémio Nacional de Narrativa, 1997) e La amigdalitis de Tarzán. É também autor de vários volumes de contos e de crónicas.


Descrição

Enquanto estava a ler este de Echenique, veio-me à ideia Le Corbusier. Inicialmente, não conseguia perceber porquê, mas a coisa voltava regularmente. Finalmente, jugo ter percebido. É quase subliminar, pelo menos para mim, porque muito diluído nas suas linhas. São os locais, os locais onde as ações e as emoções acontecem são escolhidos à medida destas, como que a estruturar o ambiente. Em Echenique, os locais, os sítios, vislumbram-se heterotópicos. Tal como na arquitetura de Le Corbusier, os espaços são assumidos como ambientes, nichos, onde o modo de ser corpo se deteta. Só que em Echenique são os ambientes físicos que constróiem as ações e modelam a emoções (lembram-se da profundidade existencial em A Vida Exagerada…?), enquanto que Le Corbusier desejava subjugar a arquitetura das estruturas à arquitetura dos corpos.

Informação adicional

Peso 290 g

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