Descrição

As naus chegaram. E a carta foi escrita para contar a el-rei as maravilhas da terra achada e das gentes que lá viviam. Pêro Vaz de Caminha a assinou, sem querer com tal substituir-se ao que outros, por dever de oficio, iriam fazer…

Quatro séculos passados, o poeta leu o texto desadornado da escriba quinhentista. E reescreveu-o, e transfigurou-o. Mantendo-lhe o conteúdo, mas dando-lhe, de novo, a ressonância que só a alma dos poetas sabe emprestar às coisas, brindou-nos, quiçá, com o mais belo monumento jamais erguido à descoberta do Brasil…