D. Filipe I de Fernando Bouza. Círculo de Leitores. Lisboa, 2012, 320 págs. Encadernação Editorial. Sobrecapa.
Filho da princesa D. Isabel de Portugal, ha do rei D. Manuel, e de Carlos V imperador do Sacro Império Romano-Germanico, Filipe de Habsburgo Austria (primeiro de Portugal e Aragão, segundo de Castela e, por extensão, de Espanha, por breve periodo rei de Inglatera, pelo casamento com Maria Tudor), rei católico conhecido como o Prudente, nasceu em Valhadolid em 1527 e morreu em São Lourenço do Escorial, perto de Madrid, em 1598. Com a sua sucessão ao trono vacante por morte do cardeal D. Henrique, em 1580, que se deu sem oposição de monta, têm começo as seis décadas do chamado Portugal dos Filipes, um dos periodos mais polémicos e controversos da história de Portugal, e ao mesmo tempo um dos menos conhecidos. Embora apenas tenha vivido em Portugal entre 1581 e 1583, durante o seu reinado foram criadas as bases da incorporação de Portugal naquilo que na época era conhecido como a monarquía hispânica ou monarquia católica, entidade politica em que se reuniam os diferentes territórios que reconheciam a majestade dos Habsburgos de Madrid. No interior dessa extensa monarquia de carácter heterogéneo, Portugal manteve a sua condição de reino graças a diferentes medidas que garantiam que conservaria a sua lingua, a sua moeda, o seu imperio, as suas instituições representativas e os seus órgãos de governo, tanto metropolitanos como imperiais.
Já antes de 1580, D. Filipe I mantivera uma relação estreita com Portugal, a cuja casa real estava muito unido por laços familiares e sentimentais. Casado quatro vezes, a primeira das quais com a princesa D. Maria Manuela, filha de D. João Ill e de Catarina de Áustria, que também era sua tia, D. Joana, a sua irmã e mãe de D. Sebastião, assim como Rui Gomes de Silva, príncipe de Éboli, ou Cristóvão de Moura foram outras grandes figuras na sua corte ligadas a Portugal. Personalidade controversa, D. Filipe I foi um grande coleccionador de arte, amante da arquitectura, mecenas de grandes empreendimentos culturais e cientificos, e ainda um príncipe renascentista apreciador de divertimentos, que, além disso, se ocupava pessoalmente e com solicitude das tarefas da governação. Para muitos dos seus súbditos, a sua imagem era simultaneamente a do tirano despótico, do político frio com laivos de maquiavelismo, com ligação intima ao catolicismo tridentino mais estreito. Na figura deste monarca parecem unir-se as luzes e as sombras de um período histórico que nele teve, sem qualquer dúvida, um dos seus principais protagonistas.
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Filho da princesa D. Isabel de Portugal, ha do rei D. Manuel, e de Carlos V imperador do Sacro Império Romano-Germanico, Filipe de Habsburgo Austria (primeiro de Portugal e Aragão, segundo de Castela e, por extensão, de Espanha, por breve periodo rei de Inglatera, pelo casamento com Maria Tudor), rei católico conhecido como o Prudente, nasceu em Valhadolid em 1527 e morreu em São Lourenço do Escorial, perto de Madrid, em 1598. Com a sua sucessão ao trono vacante por morte do cardeal D. Henrique, em 1580, que se deu sem oposição de monta, têm começo as seis décadas do chamado Portugal dos Filipes, um dos periodos mais polémicos e controversos da história de Portugal, e ao mesmo tempo um dos menos conhecidos. Embora apenas tenha vivido em Portugal entre 1581 e 1583, durante o seu reinado foram criadas as bases da incorporação de Portugal naquilo que na época era conhecido como a monarquía hispânica ou monarquia católica, entidade politica em que se reuniam os diferentes territórios que reconheciam a majestade dos Habsburgos de Madrid. No interior dessa extensa monarquia de carácter heterogéneo, Portugal manteve a sua condição de reino graças a diferentes medidas que garantiam que conservaria a sua lingua, a sua moeda, o seu imperio, as suas instituições representativas e os seus órgãos de governo, tanto metropolitanos como imperiais.
Já antes de 1580, D. Filipe I mantivera uma relação estreita com Portugal, a cuja casa real estava muito unido por laços familiares e sentimentais. Casado quatro vezes, a primeira das quais com a princesa D. Maria Manuela, filha de D. João Ill e de Catarina de Áustria, que também era sua tia, D. Joana, a sua irmã e mãe de D. Sebastião, assim como Rui Gomes de Silva, príncipe de Éboli, ou Cristóvão de Moura foram outras grandes figuras na sua corte ligadas a Portugal. Personalidade controversa, D. Filipe I foi um grande coleccionador de arte, amante da arquitectura, mecenas de grandes empreendimentos culturais e cientificos, e ainda um príncipe renascentista apreciador de divertimentos, que, além disso, se ocupava pessoalmente e com solicitude das tarefas da governação. Para muitos dos seus súbditos, a sua imagem era simultaneamente a do tirano despótico, do político frio com laivos de maquiavelismo, com ligação intima ao catolicismo tridentino mais estreito. Na figura deste monarca parecem unir-se as luzes e as sombras de um período histórico que nele teve, sem qualquer dúvida, um dos seus principais protagonistas.
D. Filipe I de Fernando Bouza. Círculo de Leitores. Lisboa, 2012, 320 págs. Encadernação Editorial. Sobrecapa.
[Plastificado de origem]
Filho da princesa D. Isabel de Portugal, ha do rei D. Manuel, e de Carlos V imperador do Sacro Império Romano-Germanico, Filipe de Habsburgo Austria (primeiro de Portugal e Aragão, segundo de Castela e, por extensão, de Espanha, por breve periodo rei de Inglatera, pelo casamento com Maria Tudor), rei católico conhecido como o Prudente, nasceu em Valhadolid em 1527 e morreu em São Lourenço do Escorial, perto de Madrid, em 1598. Com a sua sucessão ao trono vacante por morte do cardeal D. Henrique, em 1580, que se deu sem oposição de monta, têm começo as seis décadas do chamado Portugal dos Filipes, um dos periodos mais polémicos e controversos da história de Portugal, e ao mesmo tempo um dos menos conhecidos. Embora apenas tenha vivido em Portugal entre 1581 e 1583, durante o seu reinado foram criadas as bases da incorporação de Portugal naquilo que na época era conhecido como a monarquía hispânica ou monarquia católica, entidade politica em que se reuniam os diferentes territórios que reconheciam a majestade dos Habsburgos de Madrid. No interior dessa extensa monarquia de carácter heterogéneo, Portugal manteve a sua condição de reino graças a diferentes medidas que garantiam que conservaria a sua lingua, a sua moeda, o seu imperio, as suas instituições representativas e os seus órgãos de governo, tanto metropolitanos como imperiais.
Já antes de 1580, D. Filipe I mantivera uma relação estreita com Portugal, a cuja casa real estava muito unido por laços familiares e sentimentais. Casado quatro vezes, a primeira das quais com a princesa D. Maria Manuela, filha de D. João Ill e de Catarina de Áustria, que também era sua tia, D. Joana, a sua irmã e mãe de D. Sebastião, assim como Rui Gomes de Silva, príncipe de Éboli, ou Cristóvão de Moura foram outras grandes figuras na sua corte ligadas a Portugal. Personalidade controversa, D. Filipe I foi um grande coleccionador de arte, amante da arquitectura, mecenas de grandes empreendimentos culturais e cientificos, e ainda um príncipe renascentista apreciador de divertimentos, que, além disso, se ocupava pessoalmente e com solicitude das tarefas da governação. Para muitos dos seus súbditos, a sua imagem era simultaneamente a do tirano despótico, do político frio com laivos de maquiavelismo, com ligação intima ao catolicismo tridentino mais estreito. Na figura deste monarca parecem unir-se as luzes e as sombras de um período histórico que nele teve, sem qualquer dúvida, um dos seus principais protagonistas.
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